Barrabás

Barrabás não era um bandido qualquer

A história se repete.

Há 2022 anos atrás, nos tempos Bíblicos, o povo Judeu foi apresentado a escolha entre um ladrão e o Messias Jesus Cristo. Está lá no Evangelho de Marcos capítulo 7 Versículos 1 ao 15.
Pôncio Pilatos, o governador da Judeia, sabia que Jesus não havia cometido crime algum, bem diferente do Bandido Barrabás. E deu chance ao povo de escolher a quem soltar. Mas contrariando o ditado que diz: “A voz do povo é a voz de Deus”, escolheram o bandido.

Fonte: https://jornalibia.com.br/colunistas/vlademirgonzaga/soltaram-barrabas/

Quem seria hoje Barrabás? Provavelmente um influencer, com milhões de seguidores, aclamado por seus seguidores por ser radicalmente violento, explícito, um campeão em incitar as multidões. E como todo rei das massas reivindica um inimigo, Barrabás lançaria seus tuítes contra Jesus.

Ah sim, porque não é verdade que Barrabás era um bandido de rua, um criminoso do submundo como muitas vezes foi descrito utilizando como base apenas a versão do Evangelho de João, enquanto os outros evangelistas nos entregam o retrato de um quase-terrorista, um zelote preso por rebelião, segundo Mateus amadíssimo, com hordas de seguidores que lhe teriam perdoado tudo, até a subversão, até o homicídio. Resumindo, poderíamos começar a pensar em Barrabás como uma espécie de profeta guerrilheiro, um Messias de balaclava, um black bloc gritando slogans contra os Césares invasores, um chacal de barricada, talvez até um Jack Angeli de Jerusalém, a tal ponto que a prisão estava se tornando para ele um enorme palco de consenso.

Do lado oposto estava aquele Jesus, dotado de um carisma sem precedentes (pense no Sermão da Montanha, que na pré-história da comunicação ressoou como o "eu tenho um sonho" do reverendo King), só que seu mantra de não-violência, de “oferecer a outra face”, o designava como um natural competidor midiático para alguém como Barrabás. Um embate frontal, entre eles. Dois líderes, dois pontos de referência, polos opostos, opostos em tom, maneira e conteúdo e, portanto, forçados a um duelo até aquela brutal votação digna de um reality show em que Pôncio Pilatos desistiu da disputa e acatou o público da casa, como em uma arena catódica, talvez escolhendo o código 01 para Cristo, o pretenso "filho de Deus” ou 02 para aquele Bar-abbâ que em aramaico significa “filho do pai”. Mais competitivo do que isso, impossível. E a escolha foi feita, como se sabe.

Não apenas uma escolha entre dois condenados, mas uma escolha entre duas linguagens, duas visões de mundo, (...)

Barrabás era ladrão, assassino e conspirava contra Roma. Possuía todas as acusações para ser crucificado pela lei do Império Romano, mas o povo preferiu mandar para cruz quem não possuía crime algum. Apenas algumas acusações infundadas por ciúmes dos poderosos da época temendo perder seu poder e riqueza conquistados as custas dos menos esclarecidos. Mera coincidência.

Em suma, Cristo trespassado na cruz é um escândalo, mas ao mesmo tempo, sem hipocrisias, é o resultado indeferível de uma escolha pró-Barrabás, aquela escolha que se repetiu milhares, senão milhões, de vezes na história dos homens, e que ainda hoje encontra seu aval (...)

No entanto, é possível acreditar que pela aclamação popular ele continuou a pregar o sangue alheio como único meio de salvação, atentado após atentado, massacre após massacre. E talvez, já idoso, também estivesse entre os 960 zelotes (...). Mas os sobreviventes ainda teriam votado em Barrabás.

Fonte: https://www.ihu.unisinos.br/categorias/627683-barrabas-o-profeta-violento-que-hoje-receberia-milhares-de-curtidas-artigo-de-stefano-massini

QUANDO ESCOLHEMOS BARRABÁS?

Barrabás não era um bandido qualquer (Mt:27,16). Preso por se amotinar contra Roma e estar envolvido em um homicídio (Mc 15,1-13), ele detinha a admiração do povo – à época subjugado pelo Império Romano. Era uma espécie de herói, corajoso ao ponto de enfrentar o poderio do inimigo dos judeus. O povo se identificava com ele. Do outro lado, estava Jesus. Corpo dilacerado, ensanguentado. O retrato da “fragilidade” humana ante a crueldade de seus algozes. Os dias de curas, milagres, sermões impactantes haviam se apagado da memória do povo ensandecido. Não, aquele não era o herói que eles queriam. As pessoas não se pareciam com Jesus. O povo se parecia com Barrabás. Talvez inspirados no episódio bíblico, muitos líderes e falsos profetas têm levado vantagem em nosso tempo. Eles têm facilidade de vender um “Jesus” diferente do Jesus da Bíblia. Oferecem Barrabás disfarçado de “Jesus” e muitos crêem. Um falso Jesus que não fala de arrependimento ou de mudança. Um “Jesus” que é parecido com o mundo: vaidoso, ganancioso, egoísta e acomodado em seu pecado. O Jesus da coroa de espinhos, da cruz, da carne mortificada, do negar-se a si mesmo não é atrativo para a maioria. Mas, o “Jesus” da “prosperidade”, esse sim, é irrecusável. É esse o “Cristo” que muitos almejam, o gênio da lâmpada, sempre disponível para satisfazer desejos. Queremos um Jesus que se pareça conosco em vez de alguém que precisemos mudar para se parecer com Ele. Nos evangelhos, o povo escolheu a Barrabás porque se parecia mais com ele do que com Jesus. Muitas vezes, agimos da mesma forma, como imitadores daquelas pessoas. Escolhemos o preso pecador, que se parece conosco, ao invés de Jesus, que exige de nós uma mudança de vida. Pense nisso.

Fonte: https://anunciame.com/formacao/barrabas-nao-era-um-bandido-qualquer/

Soltaram Barrabás

A história se repete. Há 2022 anos atrás, nos tempos Bíblicos, o povo Judeu foi apresentado a escolha entre um ladrão e o Messias Jesus Cristo. Está lá no Evangelho de Marcos capítulo 7 Versículos 1 ao 15.
Pôncio Pilatos, o governador da Judeia, sabia que Jesus não havia cometido crime algum, bem diferente do Bandido Barrabás. E deu chance ao povo de escolher a quem soltar. Mas contrariando o ditado que diz: “A voz do povo é a voz de Deus”, escolheram o bandido.

E pior, o povo hebreu ainda disse: Que o sangue desse justo caia sobre nossas cabeças. E caiu. Os judeus que já eram dominados por Roma continuaram a ser derrotados em guerras posteriores, foram quase dizimados no holocausto e até hoje sofrem perseguições e preconceito mundo a fora. Estão cercados de inimigos por todos os lados que se pudessem (não fosse a misericórdia do Criador), acabariam com o Estado Judeu.

Barrabás era ladrão, assassino e conspirava contra Roma. Possuía todas as acusações para ser crucificado pela lei do Império Romano, mas o povo preferiu mandar para cruz quem não possuía crime algum. Apenas algumas acusações infundadas por ciúmes dos poderosos da época temendo perder seu poder e riqueza conquistados as custas dos menos esclarecidos. Mera coincidência.

Nas últimas eleições tivemos a mesma oportunidade. A escolha entre alguém que fala bobagens, diz palavrão, conta piada sem graça, faz colocações politicamente incorretas e alguém que foi condenado em três instâncias da Justiça. Alguém que é o responsável pelo maior escândalo de corrupção do Planeta.
É engraçado que narrativas e acusações contra o primeiro virem verdade enquanto três condenações e pilhas de confissões contra o segundo sejam esquecidas e desconsideradas.

Um assassino, um ladrão ou um estuprador que ganha o direito a responder em liberdade não deixa de ser ladrão, assassino ou estuprador. Pelas manobras jurídicas de mais de 200 habeas corpus (eu disse mais de 200) o senhor ex-presidente foi liberado para concorrer ao cargo maior da nação. Isso não o inocenta.

O artifício jurídico “encontrado” depois de várias tentativas fracassadas, foi dizer que o julgamento não poderia ter sido no Paraná. E que os “direitos” do réu não teriam sidos respeitados. Agora me responda onde está o desrespeito depois de mais de 200 pedidos de Habeas Corpus? É quase impossível que com tantos pedidos assim, em algum momento não se achasse uma virgula para justificar o que o sistema queria.

O que é inegável é que os “direitos” de Lula são maiores que os meus. E de todos os outros cidadãos comuns. O que prova que no Brasil nem todos são iguais perante a lei. Claro que nós não somos milionários, mesmo que fôssemos donos de uma metalúrgica ou de uma montadora de automóveis, para sustentar a banca de advogados caríssima que o ex-presidente mantém.

O mesmo Brasil que prende quem ousa criticar a corte maior da Justiça, solta e torna descondenado quem foi o responsável pelo desvio de mais de 50 Bilhões em propinas. Daí, os admiradores do réu devem estar pensando: “mas não tem prova”. Sim cara pálida, pensa comigo: Todos os ex-tesoureiros do seu partido foram presos. Ex ministros presos, ex-marqueteiros presos, empreiteiros presos e réus confessos inclusive devolvendo mais de 6 bilhões desviados. E só tu, que é o maior líder de todos eles, não tem culpa. Claro, e eu acredito no Papai Noel.

O que me preocupa, não é quem vai ganhar esta eleição porque independente do vitorioso, na segunda feira todos nós teremos que sair para trabalhar e buscar o sustento para nossa família, honestamente. Minha preocupação é o recado que passaremos as novas gerações: “Não dá nada. A justiça é só para pobre e preto”. A não ser que você seja amigo do Fachin. Ou tenha enriquecido vendendo AVON.

Fonte: https://jornalibia.com.br/colunistas/vlademirgonzaga/soltaram-barrabas/