A dissonância cognitiva é um viés cognitivo que ocorre quando as pessoas precisam dar coerência às suas crenças quando estas são desmentidas pelos fatos.
O termo foi criado pelo psicólogo social americano Leon Festinger e também afeta os investidores.
Segundo Festinger, a existência de dissonância — ou inconsistência — é o resultado de um desconforto emocional que ocorre quando fatos ou evidências contrariam as crenças ou cognições de uma pessoa ou grupo de pessoas.
É um estado de tensão ou impulso semelhante ao da fome que motiva a pessoa a tentar reduzir a dissonância e alcançar a consonância — ou consistência.
Quando a dissonância se apresenta, além de tentar reduzi-la, a pessoa evita ativamente situações e informações que provavelmente aumentariam a dissonância.
Fonte: https://warren.com.br/magazine/dissonancia-cognitiva/
Mecanismos de defesa contra a dissonância
Para resolver (ou amenizar) o incômodo da dissonância, o sujeito irá acionar mecanismos psicológicos variados. Esses mecanismos terão um efeito de justificar, contrapor-se ou amenizar um dos polos da dissonância. O sujeito irá acionar mecanismos psicológicos diversos para reduzir ou eliminar a dissonância.
Em psicanálise, usamos o conceito de mecanismos de defesa do ego. Mecanismos de defesa como a racionalização são também mecanismos suavizadores da dissonância cognitiva.
Exemplo: há uma dissonância cognitiva quando uma pessoa tem de si uma imagem de ambientalista, mas um dia joga lixo na rua, pela janela do seu carro. Se a pessoa já se posicionou publicamente sobre o tema (por exemplo, defendendo o meio ambiente para seus filhos ou nas redes sociais), a tendência é que a conduta dissonante gere desconforto psíquico maior.
Para dissolver a dissonância entre sua autopercepção e sua conduta real (e amenizar a angústia gerada), a pessoa pode adotar mecanismos como: “foi só uma vez”, “hoje não está sendo um dia bom para mim”, “eu não gosto do prefeito desta cidade”, “existe uma outra explicação para este caso concreto” etc.
Fonte: https://www.psicanaliseclinica.com/dissonancia-cognitiva/
A dissonância cognitiva por trás das pirâmides financeiras
A dissonância cognitiva é o motor das inúmeras pirâmides financeiras, sempre utilizando métodos semelhantes aos criados por Charles Ponzi na década de 1920.
Mesmo racionalmente sabendo que é impossível obter os rendimentos que os investimentos fraudulentos prometem, emocionalmente as pessoas se aferram ao sonho de ficar muito ricas, sem trabalho e sem riscos.
Fonte: https://warren.com.br/magazine/dissonancia-cognitiva/
E você, já foi afetado de alguma forma pela dissonância cognitiva?
É impossível negar que é muito difícil evitar o sentimento de desconforto causado pelas evidências que contrariam as nossas crenças. Porém, seguramente o desconforto será maior se nos recusarmos a considerar os fatos.
Por isso, busque sempre tomar suas decisões de investimento com base apenas em fatos, e nunca nas suas emoções — principalmente quando houver muito risco envolvido.
Fonte: https://warren.com.br/magazine/dissonancia-cognitiva/