A teoria da colher

A Teoria da Colher. A teoria da colher é um modelo usado… | by Jorge Braga  | Medium

A Teoria da Colher é uma ideia de ajuda sobre delegar. Sobre pensar bem onde gastar a energia.

Eu gosto de ideias de ajuda e esta ideia calhou quando eu começava a entender minha saúde mental e a falta dela. Hoje, eu aceito os dias que não estou legal e o máximo que posso fazer é deixá-los passar. Tal ato gira uma chave no meu cérebro sobre usar a única colher em forma de cérebro para algo importantíssimo. E, normalmente, é o trabalho.

Fonte [1]

 

Como asperger, nossa energia é limitada, portanto, deve-se aprender a administrar sua reserva de energia.

E é aí que entra a teoria das colheres, criada por Christine Miserandino, que eu li no "Alucinadamente Feliz". Vou compartilhar como ela funciona, quem sabe também te ajude.

De acordo com ela, uma pessoa em situação de deficiência* dispôe de um estoque limitado de pequenas colheres (=Energia) para realizar as tarefas do dia a dia.

Conta-se com apenas 12 colheres para fazer o que as outras pessoas fazem com um estoque ilimitado (...)

Estabelecer seu próprio equilíbrio nos permitie visualizar e adminsitrar melhor seu cansaço:

Fonte [2]

 

Toda manhã, é como se cada pessoa recebesse uma quantidade de colheres. Para pessoas saudáveis, elas são ilimitadas. Para quem tem uma doença crônica ou mental, esse pacote de colheres é limitado.

E cada tarefa exige uma colher. Se você levantou da cama, já gastou uma colher. Tomou banho e lavou o cabelo? Outra colher. Saiu de casa e pegou um ônibus? Outra colher.

Essa limitação de colheres faz com que você pense muito bem onde gastá-las. Afinal, nunca se sabe quando você vai ter uma crise ou uma dor repentina para te fazer usar muitas colheres. E se você perder todas antes do final do dia, talvez não consiga caminhar até a sua casa ou preparar o seu jantar.

Geralmente, as pessoas saudáveis não precisam planejar seus dias de acordo com as colheres que possuem. Elas simplesmente vivem. Elas têm o luxo de uma vida sem escolhas.

A maioria das pessoas que fica doente sente a “perda” de uma vida que tinha antes, já que não possui tanta energia para fazer o que todo mundo faz.

Não é tão fácil abrir mão de encontrar os seus amigos, mas às vezes você precisa fazer isso para continuar vivendo. (...), você ainda precisa lidar com a cobrança social das pessoas próximas.

Elas nem sempre entendem que não se trata de uma questão pessoal ou que você ficou mais chata. E ter que explicar que você está doente e por isso não pode ir a um aniversário acaba sendo muito desgastante e te obriga a gastar mais uma colher.

Aceitei que essa era a minha realidade e por isso decidi não gastar mais as minhas colheres com coisas que não me interessam ou que não fossem essenciais para viver e cumprir minhas obrigações. Eu não tenho energia sobrando, então preciso escolher muito bem onde gastá-la. Tento gastar com o que gosto e preciso.

Essa foi a forma mais fácil de explicar ao meu namorado – que mora comigo – que às vezes preciso da ajuda dele para fazer coisas simples. Nossa relação ficou muito melhor assim.

Quando ele me pede para fazer algo e eu não tenho mais energia, eu simplesmente digo que as minhas colheres acabaram e fica tudo bem.

Fonte [3]

Fonte [1]: https://www.hey-randomgirl.com.br/2020/09/teoria-colher-limites-bem-estar-fisico-mental.html
Fonte [2]: https://blog.dbinfo.tk/a-diferenca-invisivel 
Fonte [3]: https://buzzfeed.com.br/post/como-a-teoria-das-colheres-tem-me-ajudado-a-lidar-com-a-depressao

Imagem: https://medium.com/@jorgeb/a-teoria-da-colher-a361cf7dc733