O que é a Web 3.0 e como ela vai revolucionar a internet?
A Web 3.0 é a nova tendência mundial que afetará o modo como as pessoas se relacionam com a internet, bem como o impacto disso na sociedade moderna. Em um mundo regido pela conexão em tempo integral, a evolução da rede mundial de computadores é fator crucial para compreensão de como a tecnologia transformará as relações humanas.
Especialistas apontam que o sociedade está em um momento de transição da Web 2.0, iniciada em meados dos anos 2000, para a Web 3.0. Primeiramente, é preciso ressaltar que não existe um conceito único de Web 3.0, afinal trata-se de algo ainda em construção. Por outro lado, há alguns indícios que apontam possibilidades bastante de como a internet se transformará.
Confira neste especial quais os conceitos que permitem compreender melhor o fim do modelo antigo para a introdução da "Web3".
Qual a diferença entre Web 1.0, Web 2.0 e Web 3.0?
Antes de entender o que é a "nova versão" da Web, é preciso compreender o que tal terminologia significa. A conceituação é feita com base em uma série de modelos similares que compartilham várias características específicas no passado. Quando há um salto muito grande de uma modelagem para outra, significa que a sociedade passou de estágio.
Funciona, mais ou menos, como os historiadores separam os acontecimentos humanos em frações históricas. A Revolução Francesa, por exemplo, é considerado um marco de transição entre a idade média e a idade moderna. Isso porque antes dela acontecer, as principais nações europeias adotavam estruturas sociais muito semelhantes, reformuladas a partir deste marco.
Web 1.0
Na Web 1.0, o que importavam era o texto e os links (Imagem: Divulgação/Amazon)
A Web 1.0 se iniciou na década de 1980 e marcou o início de tudo: foi a época dos sites e páginas estáticas, as quais eram apenas usadas por empresas ou veículos jornalísticos para propagar informações. A internet mundial era algo muito passivo, semelhante à TV e Rádio, principais veículos de entretenimento e informação na época.
Os sites eram amontados estáticos de textos e hyperlinks, com poucas imagens e combinações de cores duvidosas. Criar uma página na internet era algo muito complicado, caro e praticamente inacessível para a maioria das pessoas — que dependiam da lentidão dos modens de internet discada.
Devido às limitações tecnológicas, não haviam fotografias em alta resolução e os websites praticamente não tinham imagens.
Web 2.0
O mIRC foi um cliente que ajudou a construir comunidades e conceitos sociais na web 2.0 (Imagem: Reprodução/mIRC)
A segunda versão da internet, chamada Web 2.0, começou por volta dos anos 2000, quando se iniciou um movimento de levar o usuário para dentro do mundo virtual. As pessoas deixaram de ser meras espectadoras para se tornarem produtoras de conteúdo, interagirem entre si e construir redes de contatos.
A Web 2.0 ficou marcada pelos aplicativos de bate-papo, como o MSN e o mIRC, e pela chegada das redes sociais. Aqui no Brasil, o marco foi o Orkut e suas simpáticas comunidades, mas lá fora o MySpace e o Facebook já davam os primeiros passos. Foi o momento em que as pessoas se voltaram para o lado social, colaborativo, interativo e responsivo.
Outro fator muito presente na web foi a descentralização dos serviços. O transporte público, que era centralizado nas mãos do Estado, hoje é repartido entre diversos aplicativos de locomoção nas cidades. Hospedagens que somente poderiam ser feitas por hotéis, agora podem ser oferecidas por qualquer cidadão, desde que tenha um app instalado no celular.
Web 3.0
Fonte: https://canaltech.com.br/internet/o-que-e-a-web-30-208852/
Como a Web 3.0 se diferencia das outras?
Podemos pensar a Web 3.0 como um passo adiante na evolução da internet, junto ao metaverso, com alcance mundial, mas possuindo um ecossistema descentralizado e alimentado por Blockchains. Isso significa que os usuários poderiam interagir e produzir seu conteúdo sem se preocupar com os seus dados nas mãos das grandes empresas ou com a censura do conteúdo produzido.
O grande diferencial da Web 3.0 em relação às anteriores é que o seu objetivo é dar aos usuários mais poder e controle sobre o conteúdo digital produzido com o auxílio de uma infraestrutura descentralizada e sem a necessidade de transações e permissões de uma só autoridade central, como as grandes empresas. Além disso, ao trazerem dados e conteúdos que gerassem algum valor para a comunidade online, os criadores de conteúdo poderiam ser recompensados financeiramente.
Fonte: https://blog.liqi.com.br/web-3-0/
Essa nova web é marcada por três grandes conceitos:
descentralização: independência de bancos, órgãos governamentais, fronteiras democráficas ou tecnologias de empresas
privacidade: evitar a exposição de dados pessoais, incômodo com rastreamento e fuga das publicidades direcionadas
virtualização: fortalecimento de mundos digitais e reprodução de experiências realísticas de modo virtual
Fonte: https://canaltech.com.br/internet/o-que-e-a-web-30-208852/