Socialismo e morte

Chega a ser curioso que o “querido” candidato Lula tenha falado que “irá fazer chover picanha” ou que está muito preocupado com a fome no Brasil, quando nossa vizinha Venezuela é governada por seu amigo, o ditador Nicolas Maduro, que herdou o país de Hugo Chávez. Lula foi um dos fundadores do Foro de São Paulo, cujo objetivo era implementar o socialismo na América do Sul e que Chávez veio posteriormente a integrar. Atualmente, cerca de 95% de toda a população da Venezuela já se encontra na linha da pobreza. De fato, existem até muitas pessoas cujo sonho é voltar a comer carne algum dia.

Em média, os Venezuelanos perdem cerca de 11kg por ano; 30% das crianças sofrem de desnutrição crônica, sendo muito comum desmaios de alunos em salas de aula, pois simplesmente estão há dias sem comer. Muitas crianças também estão tendo dificuldade no aprendizado, pois suas mães já estavam desnutridas quando grávidas e isso já começou a prejudicá-las quando estavam em seu ventre e foi agravado pela desnutrição. Revirar o lixo e comer seus animais de estimação – especialmente os cachorros – virou rotina para a população, pois a fome alcançou níveis inimagináveis. Patri, a maior favela da América Latina, fica em Caracas e tem 3 vezes o tamanho da famosa favela da Rocinha, no estado do Rio de Janeiro. Cresceu tanto porque a maioria dos habitantes de Caracas não têm condições de pagar aluguel em um imóvel comum e tiveram que ir morar na favela por isso.

A hiper inflação virou uma realidade, tendo o Bolívar, que era a moeda corrente, se transformado em Bolívar Soberano e, agora, Bolivar digital, sendo diminuído os zeros em cada mudança, pois o país simplesmente não tem capacidade de imprimir mais cédulas e que não valem nada. Na prática, se utiliza o dólar, pois o Bolivar digital continua tendo um valor baixíssimo. O salário mínimo mensal é equivalente a 3 dólares, o que mal dá para comprar uma caixa de ovos. Até mesmo cozinhar com botijão de gás virou um luxo para muitos, que são obrigados a usar fogão à lenha quando possível. A água encanada também agora é para poucos.

Não é apenas comida que falta: faltam medicamentos, papel higiênico, luz e tantas coisas mais sérias. É até cansativo listar. Mesmo a gasolina sendo pouca, os postos ficam com gigantescas filas de carros que costumam levar dias para conseguirem abastecer – isso em um país que tem gigantescas reservas de petróleo. Encher o tanque de um carro popular custa, em média, 10 salários mínimos. A estatal petroleira chamada PDVSA está envolta em inúmeros escândalos de corrupção. Além de não ter a capacidade de refinar o petróleo, faltam inúmeros insumos para extração do petróleo (cerca de 80%). Os hospitais públicos estão com as alas desativadas também por faltar insumos.

Mas como o país chegou a esse ponto? Nas palavras de Hugo Chávez, que era tenente do exército – “eu saí convertido num soldado rebelde com um fuzil em um braço e um livro em outro”, após ser doutrinado no marxismo por seu irmão. Em 1992 ele tentou dar um golpe e assumir o poder, mas falhou e acabou preso por 2 anos. Depois disso, abandonou a luta armada, entrou para a política e começou a utilizar as técnicas de doutrinação do Foro de São Paulo, cujo um dos fundadores é Lula. Em 1998, Chávez quis passar a imagem de democrata (qualquer semelhança com a campanha de Lula não é mera coincidência) e, ao ser eleito, fez reformas para se eternizar no poder, começando por uma nova Constituição. Uma de suas ações foi fechar uma emissora de TV (lembram as recentes censuras pedidas ao TSE por Lula)? E falando em tribunais, Chaves fez outra reforma na suprema corte venezuelana, o que a tornou apenas mais um órgão subalterno a ele – seria apenas mais uma coincidência?

Em 2004, um dos maiores erros da oposição foi não participar da eleição, alegando fraudes. Resultado: Chávez conseguiu ampla maioria legislativa. Foi nesta época que os desabastecimentos iniciaram devido ao controle de câmbio, pois inviabiliza inúmeras importações de produtos. Esse controle tanto era do preço do dólar, quanto de quem poderia comprar dólares, ou seja, criando um fechamento de mercado e um imenso desestímulo ao empreendedorismo. Sendo que muitos dos autorizados a comprar dólares ainda revenderam uma parte no mercado paralelo a um valor maior e fugiram do país. O governo venezuelano conseguiu matar o pouco de livre mercado que ali havia, levaram o país ao estado em que se encontra, com pessoas comendo seus animais de estimação por desespero.

Muitas empresas que antes importavam alimentos também se viram impedidas de atuar, pois era preciso, literalmente, uma autorização para cada compra internacional e tal controle ainda serviu para calar ainda mais qualquer oposição, pois apenas empresas alinhadas com o governo poderiam comprar. E com o crescimento da fome, ela foi usada como forma de também controlar as pessoas (uma estratégia sempre utilizada por regimes socialistas): se você é contra o governo, não come. Simples assim.

Hugo Chávez faleceu de câncer em 05/03/2013, após 14 anos no poder. Na eleição do mesmo ano, seu sucessor, Nicolás Maduro, foi eleito com 50,66% dos votos, candidatura essa apoiada por Lula, sendo que esta eleição foi marcada por um alto número de abstenções e votos brancos. Depois disso, Maduro ignorou as demais eleições e se eternizou no poder até hoje, virando oficialmente um ditador. E o que aconteceu com quem foi protestar? Foi tratado com extrema violência pelas forças de Maduro. Sendo que este foi um dos motivos pelo qual Lula quase ganhou no primeiro turno destas eleições: houve cerca de 5 milhões de votos brancos e nulos, além de 31 milhões de abstenções. Isso mostra o quão perigoso é se abster de votar e também não convencer aqueles que dizem não se importar com política.

Outra questão extremamente preocupante que foi implementada na Venezuela foi a criação de uma guarda nacional – conhecida como milícia nacional bolivariana – que nada mais é que uma milícia que obedece apenas ao presidente e não está subordinada às forças armadas regulares. Tal prática é muito comum em regimes ditatoriais, como a guarda nacional do Regime de Saddam Hussein ou a guarda nacional revolucionária Iraniana, que Lula explicitamente disse que pretende criar no Brasil, se eleito. Para piorar mais ainda, Lula disse que irá fazer uma “despolitização” das forças armadas, ou seja, irá perseguir e demitir aqueles contrários ao socialismo e colocar os seus no lugar. Mais uma prática que Hugo Chávez também implementou na Venezuela, fazendo com que elas também se tornassem, tal qual a suprema corte, apenas mais um órgão ao seu comando. Além disso, Lula também disse que vai fazer “regulações dos meios de comunicação”, ou seja, censura explícita.

Fica claro um dos motivos da Venezuela ter chegado ao ponto em que está: foi tanto o aparelhamento da suprema corte quanto a grande quantidade de abstenções na última eleição em que a oposição realmente teve alguma chance antes de Maduro virar um ditador abertamente. Esses dois fatores também aconteceram no Brasil, basta ver como é a composição do STF: majoritariamente composto por ministros indicados durante os governos petistas, além de todo o seu ativismo político, fazendo rasgos na Constituição e, ainda, no primeiro turno havendo quase 1/5 do total de eleitores, que são cerca de 156 milhões se abstendo de votar.

Muitos podem dizer que o PT não faria o que Maduro fez, afinal, o PT ficou muitos anos no poder e não instaurou uma ditadura, mas isso é devido ao fato que pensavam que conseguiriam implantar seu sistema de poder ao longo do tempo, sem ter que tomar ações mais drásticas. O próprio Lula já disse em entrevista que o Brasil era um caso à parte e fazer uma revolução aqui não seria tão simples. Entretanto, depois de ser preso, viu que uma quantidade bem grande da população não aceita os “”””“valores”””””” da esquerda e que é grande o número de parlamentares conservadores eleitos. Existe uma grande possibilidade de Lula, se eleito, tentar fazer o que Maduro fez, e a maior prova disso é querer criar uma guarda nacional.

Esta é a eleição mais importante dos últimos anos e claramente vemos que de um lado existe uma defesa da liberdade e de valores tradicionais e do outro a pura vontade de ter o poder pelo poder para se eternizar nele, além de um autoritarismo sem tamanho, pois Lula sequer foi eleito e já pediu para censurar nada mais nada menos que 33 perfis conservadores no Twitter. Lula está mostrando claramente qual vai ser o tom ditatorial do seu possível governo. Até mesmo o número de invasões do MST aumentou desde o primeiro turno.

Se queremos que o Brasil não vire uma Venezuela, cabe a cada um de nós se empenhar (...) Nossa liberdade, nossas propriedades e até mesmo nossos animais de estimação estão em jogo nessa eleição, portanto, se você está desanimado pense que se não lutarmos agora, a coisa pode ficar muito, mas muito pior no futuro.

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