Síndrome de estocolmo

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Imagem do assalto de 1973, que resultou na descoberta da “síndrome de Estocolmo

Síndrome de Estocolmo é um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor.

Fonte: https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/311838353/o-que-consiste-a-chamada-sindrome-de-estocolmo

"Em uma manhã de agosto de 1973, dois assaltantes invadiram um banco, o “Sveriges Kreditbank of Stockholm”, em Estocolmo, Suécia. Após a chegada da polícia, resultando em uma considerável troca de tiros, tal dupla transformou em reféns, por seis dias, quatro pessoas que ali se encontravam.

Ao contrário do que se poderia imaginar, quando os policiais iniciaram suas estratégias visando à libertação dos reféns, esses recusaram ajuda, usaram seus próprios corpos como escudos para proteger os criminosos e, ainda, responsabilizaram tais profissionais pelo ocorrido. Um deles foi ainda mais longe: após sua libertação, criou um fundo para os raptores, com o intuito de ajudá-los nas despesas judiciais que estes teriam, em consequência de seus atos.

Tal estado psicológico particular passou então a ser chamado de “síndrome de Estocolmo”, em homenagem ao referido episódio. Ao contrário do que se imagina, ele não é tão raro quanto pensamos, e não se resume somente a relações entre raptores e reféns. Escravos e seus senhores, sobreviventes de campos de concentração, aqueles submetidos a cárcere privado, pessoas que participam de relacionamentos amorosos destrutivos, e até mesmo algumas relações de trabalho extremas, geralmente permeadas de assédio moral; podem desencadear o quadro. Em todos esses casos, são características marcantes: a existência de relações de poder e coerção, ameaça de morte ou danos físicos e/ou psicológicos e um tempo prolongado de intimidação.

Nesse cenário de estresse físico e mental extremos, o que está em jogo inconscientemente é a necessidade de autopreservação por parte do oprimido, aliada à ideia, geralmente errônea, de que, de fato, não há como escapar daquela situação. Assim sendo, ele inicialmente percebe que somente acatando as regras impostas é que conseguirá garantir pelo menos uma pequena parcela de sua integridade.

Aos poucos, a vítima busca evitar comportamentos que desagradem seu agressor, pelo mesmo motivo pontuado anteriormente; e também começa a interpretar seus atos gentis, educados, ou mesmo de não violência como indícios de uma suposta simpatia da parte dele a ela. Tal identificação permite a desvinculação emocional da realidade perigosa e violenta a qual está submetida.

Por fim, a vítima passa a encarar aquela pessoa com simpatia, e até mesmo amizade – a final de contas, graças à sua “proteção”, ela ainda se encontra viva. No caso de pessoas sequestradas, mais um agravante: tal indivíduo é geralmente a sua única companhia!

Para exemplificar, temos o que Natascha Kampusch, a austríaca que viveu em cativeiro por oito anos, escreveu em seu livro (3.096 Dias, Verus Editora):

“Eu ainda era apenas uma criança, e precisava do consolo do toque (humano). Então, após alguns meses presa, eu pedi a meu sequestrador que me abraçasse”.

Vale frisar, no entanto, que a referida pessoa, assim como muitas que passam por essa situação e se comportam tal como foi dito, não se identifica com o quadro descrito neste texto, afirmando que “ninguém é totalmente bom ou mau” e que “aproximar-se do sequestrador não é uma doença; criar um casulo de normalidade no âmbito de um crime não é uma síndrome - é justamente o oposto: é uma estratégia de sobrevivência em uma situação sem saída”.

Na maioria dos casos, mesmo após sua libertação, a vítima continua a nutrir um sentimento de afeição por tal pessoa. Um exemplo clássico é o de algumas mulheres que sofrem agressões de seus esposos e continuam a defendê-los, amá-los e a justificar suas agressões."

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/sindrome-estocolmo.htm

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Síndrome de Estocolmo é um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor.

Fonte: https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/311838353/o-que-consiste-a-chamada-sindrome-de-estocolmo

Origem

O assalto liderado por Jan-Erik Olsson acabou dando início ao termo "síndrome de Estocolmo"

Em Estocolmo, capital da Suécia, em 23 de agosto de 1973, o criminoso Jan-Erik Olsson entrou em um banco, sacou uma arma, e tomou quatro funcionários da agência como reféns. Ele então exigiu um carro para fugir, dinheiro em espécie, e que um cúmplice seu que estava preso fosse libertado e levado rapidamente para o banco onde ele estava.

A polícia cercou o local, posicionando franco-atiradores no entorno. Os assaltantes refugiaram-se no cofre do banco, mantendo os reféns com eles. Um policial então entrou no banco e fechou a porta do cofre, trancando tanto os bandidos como os reféns do grupo em seu interior.

Foi nesse momento que a história ficou estranha. De dentro do cofre, Kristin Enmark, que estava entre os reféns, telefonou para o primeiro-ministro sueco e implorou para que seus captores fossem autorizados a sair. Mais estranho ainda, ela afirmou que gostaria de ir com eles.

O primeiro-ministro recusou a ideia, a polícia começou a se preparar para invadir o cofre. Os criminosos concordaram em deixar o local, mas os reféns ofereceram-se a servir como escudos humanos, protegendo seus captores da possibilidade de serem mortos a tiros pela polícia.

Posteriormente, os reféns se recusariam a testemunhar no tribunal contra os assaltantes - e inclusive arrecadariam dinheiro para financiar a defesa dos acusados.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60848412

Após seis dias, uma ação da polícia desarmou os criminosos e encerrou o sequestro. Jan Olsson foi condenado a 10 anos de prisão, e Clark Olofsson, a 6 anos. Olsson disse, tempos depois em algumas entrevistas, que não conseguiu matar os reféns porque ficou muito próximo deles. Um dos reféns, Sven, que chegou a ser ameaçado durante o sequestro por Olsson, afirmou tempos depois ter que se esforçar muitas vezes para lembrar que os sequestradores não eram seus amigos, e sim criminosos. Kristin Enmark, mesmo após 40 anos do sequestro, ainda se corresponde com Olofsson e o considera seu amigo.

Fonte: https://www.biologianet.com/curiosidades-biologia/sindrome-de-estocolmo.htm

A Síndrome de Estocolmo já foi diversas vezes tema de ficção. Tal qual em “365 dias”, "La Casa de Papel" e "A Bela e A Fera".